Exposição

Sala dos Passos Perdidos foi a primeira exposição realizada no espaço do Atelier Subterrânea, em 2006.

A mostra coletiva foi o resultado de uma ação conjunta do grupo de desenho Passos Perdidos que, durante um mês e ao mesmo tempo, trabalhou diretamente sobre as paredes laterais da galeria do atelier. Na parede frontal, cada artista delimitou um campo de atuação no qual mostrou sua caligrafia individual, ficando evidenciadas as semelhanças e diferenças na composição da identidade do grupo.

O espaço escolhido para a exposição, a Subterrânea, era o próprio local onde os artistas vinham se reunindo. Naquela época, compunham o grupo Passos Perdidos os artistas Adauany Zimovski, Gabriel Netto, Antônio Augusto Bueno, James Zortéa e Teresa Poester.

A exposição foi contemplada no I Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria de Melhor Exposição Coletiva de 2006.

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I Prêmio Açorianos de Artes Plásticas: Sala dos Passos Perdidos premiada como Melhor Exposição Coletiva de 2006.

 

 

Grupo Passos Perdidos

16 de outubro de 2006
www.grupopassosperdidos.blogspot.com.br

“Um dos objetivos do grupo de desenho Passos Perdidos é pensar as especificidades do desenho como uma linguagem que ainda tem muito a ser explorada. Os artistas, todos vinculados ao Instituto de Artes/UFRGS em Porto Alegre, encontram-se regularmente há cerca de um ano propondo atividades coletivas, “correndo o risco” a dez mãos.

Para isso, criaram algumas regras básicas: manter a crueza do desenho, eliminar os artifícios da massa e da cor, optar pelos materiais mais rudimentares como lápis grafite e papel.

Como esboço é idéia, projeto, o desenho, por muito tempo, esteve a serviço de outras linguagens, carregando para si o estigma de inacabado. Tracejar, em geral, é ainda tatear, contornar alguma coisa. A linha, por muito tempo, esteve atrelada à idéia da forma. Se revisarmos a história da arte recente, são poucos os desenhistas que se liberaram da figuração e da narração.

Linhas são compostas por pontos que se deslocam no espaço. Configuram a ponta de um gesto ritmado pelo corpo que se desloca através do fluxo livre do pensamento. Um pensamento específico que só o exercício gráfico articula, permite e provoca.”

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“O grupo de desenho Passos Perdidos surgiu da vontade de de pensar e executar o desenho de forma experimental e não figurativa. Os artistas encontram-se regularmente neste local  propondo atividades coletivas há cerca de um ano.
O nome do grupo e da exposição vem da expressão francesa salle des pas perdus, salas de espera das estações de trem
nas quais os passageiros transitam provisoriamente. No processo do desenho o destino é ainda distante, percorrido também por gestos perdidos, descaminhos e acasos.”

Texto de parede da exposição Sala dos Passos Perdidos, contemplada no I Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria de Melhor Exposição Coletiva de 2006.

 

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Sala dos Passos Perdidos, por Teresa Poester

Passos Perdidos é um coletivo de desenho integrado pelos artistas Adauany Zimovski, Antônio Augusto Bueno, Gabriel Netto, James Zortéa e Teresa Poester, todos vinculados ao Instituto de Artes da UFRGS. Em 2006, o grupo se concretizou a partir da vontade recíproca de pensar e agir sobre o desenho não figurativo. Desde então, os desenhistas vêm trabalhando de forma experimental e coletiva, encontrando-se regularmente para “correrem o risco” a dez mãos.

O nome do coletivo deriva da expressão francesa salle des pas perdus, que faz referência às salas de espera das estações de trem nas quais os passageiros transitam provisoriamente. Associou-se os encontros do grupo com esse estado de deriva, onde o destino é ainda um horizonte distante, percorrido por gestos perdidos, descaminhos e acasos.

O ateliê/galeria Subterrânea foi o espaço escolhido para uma primeira ação aberta do coletivo de desenho Passos Perdidos. O local é também o ateliê onde os artistas se reúnem para realizarem suas experiências conjuntas de investigação sobre o desenho.
Subterrânea é também a ação de desenhar que alicerça os processos de criação artística. Pode-se dizer que o desenho está nos subterrâneos da arte, nos primórdios, na necessidade primeira de riscar e arriscar, de articular um pensamento que só o exercício gráfico permite e provoca. O esboço embasa todo projeto. Em vista disso, o desenho esteve, por muito tempo, a serviço de outras linguagens, carregando para si o estigma de inacabado.

Um dos pressupostos do grupo é a concepção do desenho não apenas como contorno, mas, principalmente, como pontos que se deslocam no espaço formando linhas através do gesto ritmado do corpo, permeado pelo fluxo livre do pensamento. Para focar-se no trabalho, o coletivo criou uma regra básica: manter a crueza do desenho, eliminando os artifícios da cor e optando por materiais rudimentares como lápis, grafite, papel.

Por fim, cabe ressaltar que a exposição Sala dos Passos Perdidos é o resultado de uma ação conjunta do grupo. Durante um mês, os desenhistas trabalharam, ao mesmo tempo, diretamente sobre as paredes laterais da galeria. Já na parede frontal, cada um dos artistas delimitou um campo de atuação, no qual mostram sua caligrafia individual, evidenciando as semelhanças e as diferenças dentro do coletivo.

 

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