Terminada a residência Em nome do pai ou veemência, culto, em Bagé, Luísa Nóbrega acerta os detalhes finais do vídeo que irá apresentar na exposição na Subterrânea e também prepara para a abertura a performance Vigília, que terá 24 horas de duração – da meia noite do dia 12 até a meia noite do dia 13. Na ação, a artista ficará em uma sala isolada no espaço da Subterrânea orando durante todo o tempo, ao som da rádio A Voz da Libertação, da igreja Deus É Amor. No espaço expositivo, audiofones estarão transmitindo o som da performance. A ação também poderá ser vista, mas não de modo explícito: na sala fechada, apenas frestas de uma janela retangular desvelam para o público a artista imersa na enunciação da oração.

Imagens: James Zortéa

A ideia movimenta-se entre as questões que permearam a pesquisa da artista no Pampa gaúcho: durante a investigação, ela frequentou o culto evangélico da igreja Deus É Amor todos os dias, pesquisando inicialmente a voz e o corpo dentro do ritual. Com o passar dos dias, os discursos do sangue e do sacrifício também passaram a compor o leque de elementos que apareciam nos vídeos, performances, e escritos. Na exposição VETOR, ela apresenta um vídeo que mostra, de forma sutil, o abate de um carneiro, e realiza a performance Vigília – que é também o nome da prática realizada nas igrejas evangélicas de um culto prolongado da meia noite às cinco da manhã, com mistura de orações coletivas e pregações.

 

SERVIÇO:

O que: Exposição VETOR – Coletiva de Ícaro Lira, Luísa Nóbrega e Sara Lambranho

Onde: Atelier Subterrânea (Av. Independência, 745, subsolo – Porto Alegre)

Abertura: 13 de junho, quinta-feira, a partir das 19h

Encerramento: 29 de junho com o lançamento do catálogo de distribuição gratuita e exibição do documentário do projeto (Prêmio Rede Nacional ed.9 – Funarte/MinC)

Visitação: de segunda a sexta, das 14h às 18h (agendamentos pelo email contato@subterranea.art.br)