Os primeiros meses de 2014 estão sendo de intenso trânsito para Túlio Pinto. Ucrânia, Holanda e Canadá estiveram no itinerário do artista entre janeiro e maio para residências, oficinas, instalações, conversas, entre outras atividades. Confira abaixo o que Túlio desenvolveu em cada uma destas experiências no exterior:

 

Ucrânia – Donetsk

Janeiro e Fevereiro de 2014

Residência na cidade de Donetsk, no espaço IZOLYATSIA – Platform for Cultural Initiatives

“Os projetos que desenvolvi em parceria com o IZOLYATSIA, durante o período de residência em Donetsk, estavam relacionados com processamento e efemeridade. Eu tentei me aproximar de materiais que até então não tinha usado, como neve, gelo e piche, e colocá-los em diálogo com outros que já fazem parte do meu vocabulário. A leitura poética das obras está intrinsecamente ligada à documentação diária de transformação inerente a cada uma.”

Em IZOLYATSIA, Túlio desenvolveu quatro projetos:

Land Line # 7 – a seasonal issue

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For what’s remained, it’s a matter of time

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Waiting room 

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Time cut

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Foto Maiia Sainenko

 

 

Holanda – Amsterdam

Março e Maio de 2014

Residência ligada ao Spring Snow Festival

“A residência em Amsterdam é decorrência do Prêmio Programa de Residência Arstística ARTIGO Rio 2013 ARTIGO Rio / ​​ARTTOWN e está vinculado ao Spring Snow Festival que acontece no mês de maio. Na primeira etapa, em março, realizei intervenções de Linhas. As imagens aqui apresentadas são da instalação acontecendo na Frankendael Foundation. Durante o festival Spring Snow, serão realizadas várias ações do mesmo trabalho em diferentes locais da cidade.”

 

Linhas, na Frankendael Foundation

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Canadá – Vancouver

Abril de 2014

Vancouver Biennale

Nadir # 5 – S 49,31031° E 56,92055°

Túlio participa da Bienal de Vancouver com a instalação Nadir # 5 – S 49,31031° E 56,92055°. A curadoria do grupo de brasileiros que apresentam trabalhos no pavilhão de North Vancouver é de Marcello Dantas.

“A instalação Nadir # 5 – S 49,31031° E 56,92055° proposta para a Bienal de Vancouver é constituída por duas grandes lâminas de vidro (300 x 125 x 1,2 cm cada), pedras, terra e cabos de aço. As lâminas de vidro são posicionadas e mantidas em ângulo em função do percurso percorrido pelo cabeamento que é ancorado em algumas pedras e tencionado sobre cada vidro a partir de uma pedra suspensa que o sustenta.

Em astronomia e Geografia nadir (do árabe ندير nadeer نظير nathir, “oposto”) é o ponto inferior da esfera celeste, segundo a perspectiva de um observador na superfície do planeta. Nadir é a projeção do alinhamento vertical que está sob os pés do observador, como se “um furo” fosse feito até o outro lado do planeta.

Nadir, cujo prefixo nad tem uma ligação com o sânscrito, significaria canaleta, córrego, ou fluxo do nada.
A instalação e suas características escultóricas é constituída exclusivamente pelo diálogo entre os materiais e as forças empregadas aos mesmos.

O lugar onde Nadir # 5 está instalado também aciona, poeticamente, o lugar geográfico de seu antípoda na terra. Como se as forças acionadas para constituir o evento escultórico se projetassem em um fluxo vertical contínuo até esse local, interferindo e se referindo a ele de forma invisível e silenciosa.

O índice dessa relação está nas coordenadas geográficas desse lugar presente no título do trabalho e em sua respectiva imagem coletada por foto de satélite.”

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