Inaugura no dia 31 de julho, a partir das 19h, no Atelier Subterrânea (Av. Independência, 745/Subsolo), a exposição Polarizações – Região Sul, que marca o lançamento oficial da plataforma digital Prisma. Pensado como espaço de mapeamento e divulgação da arte contemporânea brasileira, o Prisma estimula a aquisição e o colecionismo através de vendas online pelo portal e trabalha por meio de curadorias específicas que selecionam artistas para o site.

Polarizações sinaliza a abertura oficial do Prisma com obras de artistas da Região Sul que já integram a plataforma: Adauany Zimovski, Bethielle Kupstaitis, Biel Carpenter, Bruno Borne , Carla Borba, James Zortéa, Joelson Bugila, Kelly Wendt, Leonardo Remor, Letícia Lopes, Lilian Maus, Marco A. F., Marina Guedes, Mariana Ikuta, Marília Bianchini, Túlio Pinto, Wesley Stutz.

A exposição marca também a parceria estabelecida entre o portal e a Subterrânea: o Atelier passa a desenvolver junto à equipe do Prisma uma pesquisa curatorial de abrangência nacional. O objetivo da parceria é potencializar o espaço de difusão da produção de jovens artistas e aproximar seus processos criativos do público.

 

Serviço:
Lançamento do Prisma, plataforma digital de mapeamento e venda de arte contemporânea brasileira
& abertura da exposição Polarizações – Região Sul, com curadoria do Atelier Subterrânea
Data: 31 de julho, quinta-feira, às 19h – Entrada Franca
Local: Atelier Subterrânea (Avenida Independência, 745, subsolo – Porto Alegre)
* Visitação até 29 de agosto de 2014, de segunda a sexta, das 14h às 18h

Artistas:
Adauany Zimovski
Bethielle Kupstaitis
Biel Carpenter
Bruno Borne
Carla Borba
James Zortéa
Joelson Bugila
Kelly Wendt
Leonardo Remor
Letícia Lopes
Lilian Maus
Marco A.F.
Marina Guedes
Mariana Ikuta
Marília Bianchini
Túlio Pinto
Wesley Stutz

 

Texto curatorial, por Atelier Subterrânea

 

POLARIZAÇÕES – Região Sul

O Prisma é uma plataforma digital desenvolvida para mapear e divulgar a produção artística contemporânea brasileira e incentivar o colecionismo.

O processo de mapeamento teve início na região sul do país, sob curadoria de Bruna Fetter e de Michelle Sommer, com maior concentração na cidade de Porto Alegre. Os curadores Fernanda Lopes e Maykson Cardoso colaboraram na sequência, indicando uma seleção de artistas das regiões sudeste, centro-oeste e sul para integrar a plataforma. A exposição Polarizações – Região Sul marca o início da operação do portal e reúne obras dos artistas desta região que integram hoje a seleção do Prisma.

Nas obras selecionadas, a linguagem gráfica é explorada de diferentes formas, buscando revelar o universo particular de cada artista. Fotografias, pinturas, desenhos, colagens e computação gráfica delineiam os objetos de desejo que impulsionam reflexões sobre a passagem do tempo, a construção da memória e a paisagem que nos cerca. No trabalho de Marco A.F. as intempéries estão grafadas no outdoor do litoral gaúcho Marítimo, enquanto o casebre de estacas tortas, fotografado por Leonardo Remor, parece ser engolido pelo tempo. Túlio Pinto apresenta um desenho que registra um de seus sistemas escultóricos em que uma horta é posta em tênue equilíbrio. Uma cartografia é impressa nas fotos em que Lilian Maus revela pequenos seres nas fissuras de azulejos ou Kelly Wendt retrata o desgaste do tempo em janelas veladas. Marília Bianchini, Carla Borba e James Zortéa exploram o suporte do papel, fazendo o tempo das imagens ser apreendido em camadas. Bethielle Kupstaitis, Letícia Lopes, Biel Carpenter e Marina Guedes utilizam a linguagem mais tradicional do desenho e da pintura para construir espaços da memória, enquanto Bruno Borne faz uso das novas tecnologias para refletir sobre o espaço arquitetônico, também tema de discussão na obra de Wesley Stutz , em que linhas ortogonais estruturam a pintura. As intervenções gráficas sobre a fotografia, realizadas por Adauany Zimovsky e Joelson Bugila, reforçam, pelo gesto inscrito na superfície, o caráter ficcional da paisagem. Mariana Ikuta, por sua vez, cria paisagens líquidas que remetem ao espaço interno do corpo humano.

A mostra consolida a parceria estabelecida entre o Prisma e a Subterrânea, que trabalham em colaboração para potencializar a difusão da produção de jovens artistas, aproximando seus processos criativos do público. Entre a pluralidade de processos, a mostra Polarizações, como o próprio nome sugere, busca dar novos sentidos ao fluxo de produção artística.